Autobiografia de um Iogue

O livro Autobiografia de um Iogue tem sido a porta de entrada ao profundo universo da Ioga e à prática da meditação para milhões de pessoas em todo o mundo, desde que foi lançado, em dezembro de 1946. No livro, Paramahansa Yogananda conta a história de sua vida, o treinamento espiritual com seu mestre, o encontro com sábios, a história de santos hindus, muçulmanos e católicos, e o cumprimento de sua missão, vivendo mais de 30 anos nos Estados Unidos como guru-preceptor de milhares de discípulos, hoje espalhados em mais de 80 países. No livro, há também relatos de encontros com Mahatma Gandhi, o poeta Rabindranath Tagore e a santa estigmatizada católica Teresa Neumann.

Nascido em Gorakhpur, nordeste da Índia, em 1893, Paramahansa Yogananda foi o primeiro mestre da Índia a viver por um largo período no Ocidente, desde o ano de 1.920, quando aportou em Boston para participar do Congresso Internacional dos Liberais Religiosos. Durante as três décadas seguintes, Paramahansa Yogananda contribuiu no sentido de criar no Ocidente uma percepção e apreciação mais agudas da sabedoria espiritual do Oriente. Em Los Angeles, California, estabeleceu a Sede Internacional da Self-Realization Fellowship, uma instituição não sectária fundada por ele em 1920.

Sua vinda ao Ocidente foi planejada por mestres espirituais da Índia, que o prepararam para ensinar no Ocidente a Kriya Yoga, uma técnica psicofisiológica que acelera drasticamente o processo natural de ascensão da consciência, e ensinar a arte da vida equilibrada, estimulando o “viver com simplicidade e pensar com elevação”. Ao demonstrar a unidade subjacente aos ensinamentos das grandes religiões do Oriente e Ocidente, ele explicou as leis científicas através das quais as pessoas de todos os credos podem finalmente reclamar os tesouros de harmonia, paz, amor e alegria ocultos em toda alma. Usando linguagem de fácil entendimento, em estilo agradável e com raro humor, o autor, considerado o pai da Ioga no Ocidente, introduz magistralmente essa antiga ciência, destacando o caráter não dogmático, científico e universal de seus princípios e como eles se encontram presentes nos ensinamentos dos mestres da Índia, de  Jesus Cristo e dos profetas do Antigo Testamento.

Aclamado pela crítica desde o lançamento, o livro tem obtido reconhecimento da Academia, sendo usado como referência em universidades de todo o mundo, em cursos como filosofia, psicologia, literatura inglesa, educação, antropologia, história e até mesmo administração de empresas, demonstrando grande harmonia com paradigmas e tendências da presente era. “Quando eu abandonar o mundo, este livro mudará a vida de milhões”, vaticinou Paramahansa Yogananda enquanto trabalhava na obra.

O livro está traduzido para mais de 20 línguas, freqüentando a lista de best-sellers de distribuidores e editores, tais como o jornal Los Angeles Times e a livraria virtual Amazon Books. “Com incomparável força e clareza, as páginas revelam uma vida fascinante, uma personalidade de tal grandeza inaudita, que o leitor fica mesmerizado do início ao fim (…) É preciso creditar a essa importante biografia o poder de deflagrar uma revolução espiritual” (Schleswig-Holsteinische Tagespost, Alemanha); “Uma das mensagens mais profundas e mais importantes deste século” (Newe Telta Zeitung, Áustria).

Considerado um clássico, a Autobiografia de um Iogue começou a ser escrita na década de 30. “Grande parte do livro foi escrito no período de 1937 – 1945. Ele tinha tantas responsabilidades e compromissos que não podia dedicar-se ao livro todos os dias. Em geral, dedicava as tardes para escrever”, revelou Sri Daya Mata, treinada diretamente pelo grande guru desde essa época, atual presidente da Self-Realization Fellowship.

À medida que tinha acesso ao livro, enquanto  datilografava os manuscritos, ela compreendeu o largo alcance de sua mensagem. “Eu percebi que seria um livro imortal – um daqueles que, pela primeira vez, havia revelado verdades ocultas de forma tão clara e inspirada. Não havia paralelo em tão profundas explicações sobre milagres, reencarnação, karma, vida após a morte e outras maravilhosas verdades espirituais contidas em suas páginas”.

Paramahansa Yogananda concluiu o livro com essas palavras: “A sabedoria acumulada pela Índia, irmã mais velha das demais nações, é patrimônio de toda a humanidade. A verdade védica, como todas as verdades, pertence ao Senhor e não à Índia. (…) Distinções de raça ou de nacionalidade não têm sentido no reino da verdade, onde a única qualificação é a capacidade espiritual para recebê-la (…) A função abençoada da Kriya Yoga no Oriente e no Ocidente está apenas começando. Possam todos os homens saber que existe uma técnica científica, definida, para a Auto-realização e a superação de todo sofrimento humano. Ao enviar vibrações mentais de amor aos milhares de Kriya Yogis espalhados pela terra como jóias brilhantes, quantas vezes penso, agradecido: _Senhor, Tu deste a este monge uma grande família!”

No ano de 1.952, Paramahansa Yogananda abandonou conscientemente o corpo durante um banquete oferecido ao Embaixador da Índia, após concluir inspirado discurso de despedida, confirmando sua própria profecia de que morreria com os sapatos nos pés, falando de Deus. Dias depois, noticiava-se um fenômeno, poucas vezes visto na história da humanidade. O sr. Harry T. Rowe, diretor do Cemitério de Forest Lawn, de Los Angeles (onde o corpo do grande mestre jaz temporariamente) tornou pública uma carta com firma reconhecida, da qual foi extraído o seguinte trecho: “Nenhum odor de decomposição emanou de seu corpo em qualquer tempo … A aparência física de Yogananda em 27 de março, pouco antes de colocar‑se a tampa de bronze no ataúde, era a mesma de 7 de março. Ele parecia, em 27 de março, tão cheio de frescor e intocado pela corrupção, como na noite de sua morte. Em 27 de março, não ha­via, em absoluto, motivo para se afirmar que seu corpo sofrera qualquer desintegração física visível. Por estas razões, declaramos que o caso de Paramahansa Yogananda é único em nossa experiência.”

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